A secreção ocular nos animais é comum nos atendimentos clínicos, muitas vezes nem sendo a queixa principal e sim observadas nos exames físicos de rotina, devendo ser dado uma atenção especial, pois várias enfermidades independente de serem primárias ou não, podem levar o animal à cegueira.
Algumas raças de cães e gatos podem apresentar com maior frequências as secreções oculares, principalmente as raças braquicefálicas (Shithzu, Lhasa Apso, Bulldog francês e inglês, Boxer, felinos como o Persa), não havendo relação com sexo e idade.
Quais os tipos de secreção ocular?
As secreções observadas pelo tutor podem ser desde a mucóide até a purulenta. O mais importante seria a etiologia da secreção e se está ou não acompanhada por lacrimejamento, crostas, hiperemia, alopecia periocular, blefaroespasmo e prurido. Também se é uni ou bilateral além da evolução da secreção.
Quais as causas da secreção ocular?
Como dito anteriormente, não deverá ser avaliada isoladamente. Porém, resumidamente, as etiologias poderão estar relacionadas além das enfermidades oculares primárias às doenças sistêmicas, dentre elas:
Atopia: causando pruridos intensos com redução da quantidade e qualidade do filme lacrimal pelo processo inflamatório.
Hipersensibilidade: são diversas as causas de hipersensibilidade, assim como atopia. Na maioria das vezes, o principal fator é alimentar, tendo como consequência o mesmo que atopia.
Doenças parasitárias: na rotina clínica as alopecias perioculares mais comuns são causadas por demodíciose, proporcionando crostas e alterações da função das glândulas lacrimais, surgindo lacrimejamento intenso e secreção mucopurulenta.
Doenças autoimunes: como pênfigo e lúpus nas regiões mucocutâneas como área periocular;
Doenças infectocontagiosas: enfermidades virais como cinomose nos cães, FIV, FELv em felinos;
Doenças infecciosas: leishmaniose principalmente em cães, caracterizada por descamação, crostas, hiperemia e secreção mucopurulenta e purulenta periocular. Dentre elas, também podemos citar hemoparasitoses (erliquiose, babesiose, anaplasmose).
Causas primárias
Ceratite ulcerativa: conhecidas como úlceras corneanas, geralmente decorrentes de traumas, permitindo contaminação bacteriana com secreção mucopurulenta e purulenta;
Ceratoconjuntivite seca: considerada enfermidade autoimune, permitindo deficiência da produção do filme lacrimal com alterações na qualidade, apresentando sinais clínicos de secreções mucopurulentas e purulentas.
Anormalidades anatômicas: muito comuns em raças braquicefálicas, como alterações palpebrais (entrópio, dobra nasal evidente, ectrópio, macrobléfaro), raças grandes e gigantes com excesso de pregas faciais e orelhas pendulares (“Diamond eye”, entrópio lateral), alterações ciliares (distiquíase, triquíase, cílio ectópico, triquíase de carúncula) permitindo conteúdo purulento e mucopurulento, podendo levar até mesmo à ceratite ulcerativa;
Uveítes: as uveítes não são enfermidades propriamente ditas, e sim sinais clínicos decorrentes de alterações oculares ou sistêmicas com repercussões oftálmicas, como as enfermidades infecciosas, infectocontagiosas, doenças renais, endócrinas, hepáticas, neoplasias dentre outras.
Como realizar o diagnóstico?
A secreção ocular é um achado do exame físico, porém, como já mencionado, as etiologias são diversas. Sendo assim, o diagnóstico irá basear-se na avaliação física completa e exames hematológicos, bioquímicos e sorológicos assim como os de imagem e histopatológicos.
Ressaltamos que as causas primárias, ou seja, secreções decorrentes de enfermidades oftálmicas deverão ser avaliadas e acompanhadas por um médico veterinário oftalmologista. Somente ele terá equipamentos e conhecimento necessários à conclusão do quadro clínico.
Qual o tratamento para secreção ocular?
O tratamento irá basear-se na etiologia, no diagnóstico completo. Em diversos casos a terapêutica será direcionada à causa sistêmica com melhora do quadro clínico oftálmico.
Independente da causa e do tratamento instituído, a atenção e cuidado em relação às consequências das secreções oculares são de extrema importância durante a fase do tratamento, pois podem desencadear outras complicações como perfurações corneanas, lacerações palpebrais causadas por prurido intenso, cegueira, miíase devido ao odor, apatia, desidratação e piora de todo quadro clínico.
Resumidamente as secreções oculares assim como o lacrimejamento causando manchas nos pelos, hiperemia, pruridos, alopecias perioculares não são comuns, devendo-se atentar imediatamente buscando a causa para que a terapêutica seja promissora.
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